terça-feira, 12 de agosto de 2008

Morro II




Hoje há dois Morros de S. Paulo: o mais belo dos belos de todos lugares que conheço; primo-irmão de Positano, como se o tivessem arrancado da Costiera Amalfitana e jogado alí na porta da Baía de Todos os Santos. Lindo, de tirar o fôlego ( ah, as ladeiras tiram mesmo!). A chegada pelo Portaló, o Forte, o Farol, a (ex)Ilha da Saudade. A Prainha da Casa Rôla e da Casa da Sogra; o Campo da Mangaba, a Fonte Grande. Contam na família que o nosso tataravô, vindo de Guimarães com destino ao Rio de Janeiro, naufragou no Morro; não podia ter naufragado com mais estilo. Ficou em Valença, onde nasceu nosso bisavô Wenceslau Guimarães. Dalí, passou a veranear no Morro, onde construiu a casa que leva o apelido de sua senhora: Casa Rôla. Dele para vô Chimbo e para meu pai que a reconstruiu e manteve o nome, reinaugurada em 1967. Desde então vivemos por lá. Sem energia, água encanada, tranca nas portas. Banho de mar, cachaça, pôquer, festa de radiola, moqueca, badejo, água de côco, pés descalços, areia no fundo do calção, sol na cara, Hipoglós na cara, pegar jacaré, bronzeador de coca cola/dendê/óleo singer. De dezembro a março. Banho de chuva e a Brisa Biônica. A pé até a Gamboa. Morro de saudade. Este é o Morro que guardo na lembrança. Do outro, falo amanhã.

fotos: bg - 1.vista da janela do "meu" quarto na casa de Lua/Edu; 2. portaló

3 comentários:

Anônimo disse...

É este o "meu" Morro de São Paulo - sem a intensidade nem frequência dos(as) primos(as)Guimarães: eu ia na carona ainda levava outros caroneiros e sempre tio Carmilton e Tia Leonídia me receberam a velas de libras. Não quis nem quero conhecer o morro de agora (de algum tempo) sobre o qual falará (ops! escreverá)Epa tirania...

Meninha disse...

Graças a Deus que eu também passei por essa fase do morro. Eu era bem pequenininha... me lembro também do pão feito pelo preto véio (o mais gostoso que já comi), do jacaré que a gente pegava com as pranchinhas forradas de tecido que vó Liu fazia para a gente não se "assar", das caminhadas para a quarta praia para colher garu e tomar banho nas piscinas naturais, tantas lembranças... se fosse escrever, sairia um livro.

Edu O. disse...

só passando aqui para desestressar!!!!

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas