segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Morte Abjeta




Maria Judith Ribeiro é minha amiga desde os anos 70. Em 72 namoramos e acho que não nos suportamos mais que seis meses e decidimos ficar amigos, que era mais negócio, se bem que ela nunca engoliu a história de Tuca, a namorada que veio em seguida; ficou por aí algo meio que mal resolvido. Até hoje a menção da palavra Tuca lhe causa reações inesperadas, como se mijar em publico ou me esbofetear se minha cara-de-pau (SIC) estiver a seu alcance. Nunca perdemos contato, apesar de serem sempre entremeados de acusações mútuas, recheadas de carinho. Maria* sempre gostou muito de escrever, escrevia cartas de verdade, mandadas pelo Correio e tudo. Depois passou, não sem certa dificuldade devida à baixíssima coordenação motora**, para o teclado e e-mails. Um belo dia recebi um desafio de responder, como se verdade fosse, a um texto que me enviaria no dia seguinte. E recebi. Ela me avisava que, ao retornar de suas férias, teria sido testemunha de um assassinato no seu lugar de trabalho. Respondi com minhas preocupações e a partir daí e por quase dois anos, passamos a nos corresponder até concluir o "caso". Quando recebia seu e-mail, Vera lia e gargalhava com as maluquices em nossa troca de textos e insistia em que devíamos publicar para que outros também pudessem rir. Foi assim que nasceu Morte Abjeta, o livro. E já que seria publicado, chamamos os melhores para trabalharem nele. Capa, projeto gráfico e editoração eletrônica ficaram a cargo de Maria Sampaio, fotos de Célia Aguiar, revisão de Maria das Dores Jonas e Sonia Simon, com apresentação de Alberto Saraiva e orelhas de Pablo Sales e Desirée Dalia. Mil exemplares foram impressos e vendidos na Civilização. Nem sei se ainda tem por lá. Dia desses, por curiosidade, fiz uma busca na internet e apareceu o título à venda em alguma dessas livrarias virtuais. Em todo caso, tenho alguns exemplares em casa que de vez em quando ofereço de presente de grego a algum amigo desavisado. Se tiver alguem aí com interesse, me diga que despacho um. E se não gostar, nem me diga: há uma tradição de desejarmos uma morte semelhante.
* Há três Marias na minha vida: Sampaio, Judith e dos Cocos.
**mal comum a duas delas.

17 comentários:

aeronauta disse...

QUERO,QUERO O LIVRO SIM!

Meninha disse...

Fiquei com saudade do seu livro, vou ler novamente (ele tem uma linda dedicatória). Lembra que eu e Nhêga fomos suas ajudantes no lançamento na biblioteca e vendedoras aqui em Ituberá? Foi muito bom. Vender o livro de um ídolo! Temos uma foto deste evento, que usamos em nossas mesas de trabalho (aposto que você já veio aqui várias vezes, mas nunca viu). Quando você aparecer aqui novamente, te mostrarei. Bjsss

Maria Judith. disse...

hehehe.

Você é o único mentiroso que eu tolero, porque as falsidades vêm entremeadas de verdades.
Mas Tuca não era a cabra que comia as calcinhas???!!!

Unknown disse...

Agora a porca vai torcer o rabo... rá rá rá! O livro vai ser entregue a Aero como? Talvez como, nos filmes americanos, são pagos os resgates de sequestro. Aero te manda um celula descartatável, dá uma ordem aqui, outra ali. Como Madalena entra em beco sai em beco... banco de igreja, cesta de lixo do salvador shopping, sorveteria da ribeira, orelhão em itapoã! Depois, coloca embaixo de uma pedra na praia rosa do Paraguaçu.

Janaina Amado disse...

Claaaaro que quero assistir a essa Morte Abjeta, oraessa seu minino! Manda pra mim, que tenho endereço conhecido, ao contrário de uns e outros que insistem em viver no ar, aéreos, aeros...
Maria, pronto, ela se entregou. Achei seu plano secreto da entrega do exemplar perfeito: só proponho que, em vez de ser na praia rosa do Paraguaçu, o exemplar seja entregue em sua casa, com todos os interessados presentes (ói que eu sou até capaz de ir também!). Beijos gargalhantes.

Unknown disse...

a coisa tá ficando boa! Podemos marcar sim! Já pensou Aero? Jana vem de Maceió!
Soube que vovô Béca passou o fim de semana na Bahia! (sou uma mulher bem informada)

aeronauta disse...

É, estou pensando na maneira de receber esse livro... E eu preciso ter esse livro!!!!

Bernardo Guimarães disse...

Pronto:
Aero, me dá seu endereço que levo aí ainda amanhã. Pode ser no modelo proposto por Maria, adoro aventura, tá no clima do livro. Se vc se entregar, prometo não dizer nada a "ninguem"!
Jana: mando o seu pelo Correio,mande seu end. para bpguima@gmail.com ( serve para todos que quiserem
Judith: Não, Tuca foi a que me roubou de vc. Sua mãe vai bem ?Prima e Aero: que tal a sugestão de Janaina? ainda estou na Bahia até terça à noite, tomamos um chá...a gente chama os outros meninos, Marcus, Renata, Luli, Juan...

aeronauta disse...

Oh, como seria bom conhecer todos vocês! Infelizmente não dá. É possível você deixar o livro na LDM? Se for possível vou providenciar algum vendedor pra recebê-lo.

Bernardo Guimarães disse...

Aero:
deixo, sim. Me avise aqui ou via e-m o nome da pessoa a quem devo entregar.
Insisto: se quiser posso entregar em sua casa, na portaria, na nuvem ao lado...

Marcus Gusmão disse...

Quero o meu também. Podemos marcar um dia, eu você e Maria. Deu até rima. A gente pode marcar na LDM e chamar o vendedor escolhido pela aeronauta num canto, para umas perguntinhas...

Anônimo disse...

Acho que vou deixar meu currículo na LDM! Eu também quero conhecer Aeronauta...
Pablo Sales

aeronauta disse...

Menino, qual nuvem encontro para me esconder?
Olhe, Bernardo, entregue o livro ao vendedor Edilson, tá? E, por favor, lhe peço: não faça perguntinhas a ele.
Obrigada. Estou louca pra ler seu livro.(Não se esqueça da dedicatória.)

Nilson disse...

Bela isca pra pegar aeronauta. O plano tá dando certo: ela pediu o livro; escolheu a livraria e até o vendedor que haviam sido previamente definidos. Na hora marcada por ela, flagrante com câmeras, flashes e o fim "de um dos mais bem guardados segredos", como se diz. (Ah, Bernardo, tb quero o meu. Vou mandar o endereço pro seu e-mail).

Maria Judith. disse...

Ó, eu entrego o livro, eu entrego!!!
Quero conhecer Aeronauta, pela importância que ela tem nesses blogs e por todo o mistério e delicadeza que a envolvem. Todo mundo sabe que eu sou bastante chegada em mistérios...

Preciso ainda mostrar que não sou louca, não mijo nas calças, não bato nas pessoas e principalmente provar que Tuca era mesmo uma cabra, que você arrastava pela cidade puxando com uma cordinha, e pensando, obviamente, que era sua namorada. Só descobriu que não era depois que ela comeu sua cueca.

E depois de mim, bípede, só mesmo Verinha, por melhores que tenham sido as demais e sem querer ofendê-las.

(Será que ofendi???!!!)

miro paternostro disse...

também quero livro!

- Luli Facciolla - disse...

Livro de cabeçeira...
Adoro!!!

Se for rolar esse chá, favor avisar! Também junto as peças pra saber quem é Aeronauta!

Beijos

PS: Sua neta, minha sereia, é a meninA mais delícia do mundo!

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas