Em todos os ultimos casos aqui relembrados por mim e Maria, sempre aparece o nome de Mena. Carmeninha, Carmena Maria, minha irmã mais velha Mena. Não vou descrever a figura, ela tem sido descrita aos poucos por nós. Na maioria dos casos ela é a protagonista, talvez a mais louca de todos nós. Casada pela segunda vez com um renomado médico baiano, professor da Ufba, uns 30 anos mais velho que ela, carregou para o casamento toda a rede de familia e amigos, que não era pequena! As festas no sítio da Estrada Velha do Aeroporto ficaram na história: os bailes à fantasia com concursos, invariavelmente tinham os jurados subornados por Maria, ao se sentir ameaçada por Nanan. Casamentos e separações ali aconteceram. Todo domingo tinha uma feijoada para cerca de 30 pessoas e Mena capitaneava todos os eventos. O marido dela assistia a tudo, impassível. No fundo ele gostava da esculhambação, era a oportunidade de alegrar a vidinha bunda que levara até conhecer Mena.
Belo dia ela resolveu que queria conhecer um puteiro de verdade. Escolhido o 63 que com Maria da Vovó, era dos mais famosos da Bahia. Ladeira da Montanha, 63, lá fomos nós. Eu, Morena, com quem era casado, Mena, Beto e Maria Sampaio. Na porta, estacionada garbosamente, a kombi do marido doutor famoso. Lá dentro, as novatas estavam maravilhadas. A casa antiga, bem conservada, tinha um bar, um salão de dança e mesas ao redor. Sentados em uma delas, sob intensa luz negra, só se via os dentes das meninas e os zoião verde de Maria. Todo mundo adorava luz negra exatamente para ficar de olhos verdes e dentes branquíssimos. E ainda se fazia questão de vestir branco pra ficar todo aceso! Bebidas na mesa, deslumbradas, as três começaram a receber os convites para uma parte. Sendo dois homens com três mulheres, eu e Beto tinhamos de nos revezar para avisar aos clientes que as moças já estavam acompanhadas. A sorte é que puteiro é o lugar mais respeitoso que existe e os cavalheiros se comportaram como tais. Dançamos, bebemos e fumamos muito. O certo é que as três saíram do brega virgens como entraram. Só não sabemos se a kombi do doutor marido famoso foi reconhecida por algum colega que por ali passou.
7 comentários:
Vc podia escrever um romance com essas histórias de uma certa Bahia. Elas são realmente bem saborosas.
Mas vcs já aprontaram, viu? Rs... Bjs.
Quando eu crescer quero ser igual a tia Mena...não é a toa que meu pai me deu seu nome, mas acredito que não serei a metade da mulher que ela é.
Já tava tronchina de saudade e você me apareceu com duas quentes e três fervendo. A ida ao meia três é de nossos melhores aprontes. Não quero disputar memória... e minha xará? em minha cabeça estava também...
PS. lembra que eu achei o 63 um pouco "colégio de freiras"? E que o bataclan de amaralina seria mais animado?
Bernardo, escreva mais posts sobre Mena: Carmena. Nome diferente, personagem que nós precisamos conhecer mais. Fale do casamento dela com esse tal professor sério.
Abraços.
P.S.: Desculpe o "peditório".
Toda hora ouvia falar de Mena nos posts de vc., tava doida pra saber quem é. Amei. Também quero mais!
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