Já que comecei, vou até o fim: também não vou mais. Nem posso dizer que não gosto de teatro, até fiz parte do grupo da Faculdade de Medicina, quando atuamos em várias escolas com relativo sucesso. O problema é com o chamado "teatro interativo". Aí o bicho pega. Feio. A ultima peça que assisti foi A Bofetada, no dia em que comemoravam 10 anos em cartaz. Isso já faz mais de dez anos, acho. Naquele dia estava com humor de cão; quem me deu "bom dia" ouviu como resposta: "por que?". Achei até que um teatrinho desopilador poderia me ajudar. Qual o que! Quando aquele pessoal desceu do palco para escolher um pato, gelei! Sou mal humorado mas não consigo ser mal educado, esse era meu dilema: que faria se me "escolhessem"? Simulava um ataque cardíaco na hora! Ou epiléptico, por ser mais teatral. Nunca mais voltei.
Algum tempo depois, uma amiga me contou que havia assistido a uma peça em que os atores desciam pelados do palco, e "interagiam" com o público, assim, como se estivessem na privada. Ela comentou que chegou a sentir o cheiro dos pentelhos de um ator coadjuvante que se postou, com os pés sobre a poltrona, a terríveis poucos centímetros de seu nariz! E se eu não conseguisse controlar minha educação? ou ele a ereção?
Para completar a tríade, também não vou mais a shows musicais, a partir da invenção nacional do acompanhamento das músicas com palmas, ou com corinho. Só se for João Gilberto. Aí ele dá um esporro por nós dois.
Espetáculo, para mim, qualquer que seja, deve ser: pago para assistir! Caso contrário assumo:
VÁ AO TEATRO
( mas não me chame )
15 comentários:
Concordo com você.
eu não me aguento. Béca diz mata, Aero diz esfola! Já nem lembro a escrita, estou às gargalhadas. Ótimo!
Hehehehe
Você é maluco beleza!!!!
Bernardo, nisso não combinamos, eu gosto tanto de teatro... Mas continuo curtindo o seu blog. Deixei uma resposta pra vc. lá no meu (tô ainda aprendendo, Maria tá me ensinando o b-a-bá, então às vezes as coisas por lá demorarm, pq. a blogueira é ignorante).
ô Deus... Estou com a barriga doendo de risos! ahahahaha
ô Deus!
Beijos
Protegidos estamos, então.(Obrigada pelo "ídolo": fiquei vermelha de vergonha.)
Tinha lido o post da música e soube agora deste por Aeronauta. Já comentei lá e também no blog da Maria. O que sobrou? Dizer que esta técnica (que suponho involuntária) é infalível também na mesa de bar, principalmente depois do segundo engradado ou do segundo litro. Basta alguém soltar algo que julgue estranho ou que pelo menos ninguém sai por aí dizendo, para descobrir que não está só no mundo mas acompanhado por uma multidão. Muito Bom.
Estive aqui!!!! Me diverti muito. Toamara que não pensem isso de meus espetáculos. hahahahahahahaa
Então você não iria NUNCA em um espetáculo de Renato Piaba, que por sinal, eu a-d-o-r-o!
Esqueci de dizer... fiquei estes dias sem comentar no seu blog porque minha mão estava pôde de novo, fiquei uma semana sem trabalhar, sem tocar em nada por conta da "nossa" alergia. Então, veja meus comentários retardatários. Bjs
Sua opinião é bem próxima da minha...
Abraços,
Renata
Nunca gozei (literariamente falando) tanto quanto com a leitura deste post. Já tinha gozado antes com a repercussão que saiu lá no (blog) da Aeronauta. Agora,foi orgasmo puro e ininterrupto. Tô vingado e não me sinto mais uma aberração, como achava que era (um homem-elefante, uma mulher barbuda, um ET, um débil mental) por não gostar de teatro. Gostaria de fazer um interblogs com este seu post lá no cariricult (cariricult. com). Mas não ousarei sem o seu consentimento.
Abraço e parabéns!
Carlos Rafael:
Não sei o que diabos significa o tal do "interblogs" com o povo do Cariri. Sejá lá o que for, está autorizado.
Depois me conte o que aconteceu.
He...he...he...
Meu caro Bernardo,
Então veja diretamente no http//:cariricult.com.
Grato pela autorização e...
Ôba!!!!
Dr., concordo com você no quesito "pagar para assisti" e não pagar para atuar dando a cara e, quiçá, o nariz para passar por constrangimento (ah, depois das aspas a idéias é minha). Mas te achei radical quanto a ida ao teatro...quer um conselho? Sente-se sempre distante do corredor e do palco, procure o lado mais escurinho...Às vezes funciona.
Adora teatro, mesmo correndo esse risco.
Abraço.
Nilson
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