quinta-feira, 19 de março de 2009

Sobre cada um

MENINA DA ILHA


Pensem em mim com labirintite, atônito com a alegria de Renata, logo após a dedicatória do meu Vestígios, quando uma menina se postou na minha frente. Um sorriso calmo (não sei como ela conseguiu no meio daquele nervosismo todo) e tive a impressão de ver um aparelho nos dentes. Claro, meninas usam aparelhos nos dentes. Dois, no máximo três segundos e...nada. Só me ocorreu perguntar, aparvalhoado com a indelicadeza de não reconhecer alguém que devia ser muito íntima pra se postar assim na minha frente:
-" Quem é vosmicê?" foi o que saiu. E antes da resposta, Maria berrou em minha orelha esquerda:
-" Menina da Ilha!!!"
Fiquei mais tonto ainda e acho que abracei minha e-amiga pra não cair. Impressionante ( Nilson me deu o toque depois) a materialização deste encontro. Deu vontade de ficar mais tempo tocando fisicamente aquelas pessoas que idealizamos tanto. O medo de parecer demais dá a certa medida dos abraços. E ela ainda me surpreende. Levanta uma sacolinha e avisa que é uma lembrancinha para Iara. Uma toalha com o nome de minha neta, bordada à mão pela própria, na noite anterior. Para preencher o silêncio, relembra:
-" Não mostra pra não aparecer encomendas! Odeio encomendas". Perfeito. Mais menina da ilha, impossível. E ainda nos trouxe Marcus Vinícius, seu filho simpático e ótimo adversário nas pizzas: comeu quase igual a mim.
As conversas chegaram com uma intimidade impressionante. Todos muito amigos, desde pequenininhos.
Menina da Ilha, você foi pro nosso caderno. Eu e Vera adoramos te conhecer. Só falta agora você voltar a escrever.
foto de vera

3 comentários:

aeronauta disse...

Hoje cedo, quando cheguei de viagem, liguei pra ela (menina da ilha) e quis saber de todos os detalhes da festa. Ela me disse que nunca se sentiu tão bem na vida como se sentiu ali, perto de vocês. E que a impressão era a de que já se conheciam há muitos anos.
Deve ser emocionante mesmo conhecer todos vocês, olho no olho, mãos bem próximas de mãos. Pena que nunca vou poder fazer isso.

Anônimo disse...

Agora quem ficou tonta fui eu. Que coisa linda! Fiquei até sem jeito.
Acho que não estava tão nervosa, porque tive tempo para observar vocês de longe(você e Maria que reconheci assim que cheguei).Quanto ao aparelho nos dentes,não se torture, parece mesmo, mas é o fruto colhido dos antibióticos que minha mãe me dava quando bebê.Resultado? Para espanto de todos, meu primeiro dentinho não era branco como dos bebês normais, era quase preto. E quando Aeronauta queria apanhar, era só me chamar de dente preto. Mas, com o tempo me acostumei tanto com eles que apesar de inúmeros dentistas implorarem para torná-los quase branco, não quis. Não seria a mesma Menina da Ilha. Um dia lhes conto a história todinha com todo o humor que merece. Vocês também estão no meu caderno, e vou logo avisando que quero conhecer Iara. Ainda não mandei a crônica porque estou procurando meu pen drive que está brincando de esconde-esconde. Aviso também que Vinícius quando diz que está com fome, é um perigo. Tenho que mantê-lo sempre abastecido para não passar vexame. Coitada de Maria se receber a visita dele no mesmo dia que dos filhos de Marcus. Não disse, que não consigo escrever pouco? Obrigada mesmo, pelo enorme carinho. Um abração e dê um beijo em Vera.

Anônimo disse...

Nunca "conversei" com Menina da ilha, mas já estou encantado. E Marcus Vinicius é dos meus, um perigo quando faminto. No mais, vendo-a assim, penso ser excelente forma de se imaginar aeronauta também.

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas