Aeronauta quer conhecer Mena e Maria fez uma postagem sobre tia Norma. Bateu a vontade de escrever sobre minha mãe postiça.
Mena recebeu o nome de vó Carmena, nascida Carmela na Italia e teve seu nome aportuguesado quando se registrou no Brasil. Mena sempre demonstrou orgulho do nome pouco comum. Quando nasci, ela já estava com 15 anos e ajudou minha mãe a criar os três ultimos filhos. Virou meio-mãe de todos. Casou e nunca teve filhos: dobrou o papel de irmãe. Sempre foi a maior referência afetiva na família. Com a morte de nossos pais, foi alçada naturalmente ao papel que já era seu. Vieram os sobrinhos e todos os irmãos lhe entregam o primeiro filho em batismo.Dinda Mena. Separou, casou de novo. O primeiro marido, um Vadinho com apelido Toinho, lhe levou a juventude. O segundo, Dr. Teodoro Madureira com outro nome pomposo, médico, fera em otorrino, catedrático da Faculdade de Odontologia da Ufba, lhe deu o que merecia mas enloqueceu no final e tentou sufocar sua vida. Mandou andar, saiu com a roupa do corpo para ser feliz. E tem sido. Sozinha de marido mas feliz. Tem tanta alegria de viver que nos ensinou a aprontar. Saía na noite, brincava carnaval como ninguem, fitinha na testa e brandindo sua indefectível mamãe-sacode para espantar urucubaca, sempre mijando nas pernas e lavando com cerveja; foi no brega com a gente, deu birro de carreira em barraca de festa de largo, tomou todas, correu da polícia por pregar cartaz na rua no tempo da ditadura, dava festas homéricas, tem mais de 100 afilhados (cadastrados!), e quando alguem dizia -Vamos? ela nunca contava até três. Mena topa tudo, em nome da farra. Nos veraneios do Morro de S. Paulo, encabeçava os roubos noturnos e as visagens pra matar Ieda de medo.É uma figuraça. Maria a chama de Dôidia (doida com pronúncia baiana).
Mena recebeu o nome de vó Carmena, nascida Carmela na Italia e teve seu nome aportuguesado quando se registrou no Brasil. Mena sempre demonstrou orgulho do nome pouco comum. Quando nasci, ela já estava com 15 anos e ajudou minha mãe a criar os três ultimos filhos. Virou meio-mãe de todos. Casou e nunca teve filhos: dobrou o papel de irmãe. Sempre foi a maior referência afetiva na família. Com a morte de nossos pais, foi alçada naturalmente ao papel que já era seu. Vieram os sobrinhos e todos os irmãos lhe entregam o primeiro filho em batismo.Dinda Mena. Separou, casou de novo. O primeiro marido, um Vadinho com apelido Toinho, lhe levou a juventude. O segundo, Dr. Teodoro Madureira com outro nome pomposo, médico, fera em otorrino, catedrático da Faculdade de Odontologia da Ufba, lhe deu o que merecia mas enloqueceu no final e tentou sufocar sua vida. Mandou andar, saiu com a roupa do corpo para ser feliz. E tem sido. Sozinha de marido mas feliz. Tem tanta alegria de viver que nos ensinou a aprontar. Saía na noite, brincava carnaval como ninguem, fitinha na testa e brandindo sua indefectível mamãe-sacode para espantar urucubaca, sempre mijando nas pernas e lavando com cerveja; foi no brega com a gente, deu birro de carreira em barraca de festa de largo, tomou todas, correu da polícia por pregar cartaz na rua no tempo da ditadura, dava festas homéricas, tem mais de 100 afilhados (cadastrados!), e quando alguem dizia -Vamos? ela nunca contava até três. Mena topa tudo, em nome da farra. Nos veraneios do Morro de S. Paulo, encabeçava os roubos noturnos e as visagens pra matar Ieda de medo.É uma figuraça. Maria a chama de Dôidia (doida com pronúncia baiana).
Agora em novembro faz setenta anos e vamos levá-la, a pedido da própria, a Buenos Aires. Eu, Vera, Maria e Juliana. Vamos aprontar nos pampas.
É uma paixão em minha vida.
E isso tudo com apenas 1,50 m de altura.
mena em foto1 de tio mirabeau; foto 2 de bernardo
15 comentários:
Numa hora assim, só se pode chamar você de Béca!. Quanta emoção. Quanto bem-querer. De quanta gente boa a gente é arrodeado desde nascença. E como diria seu pai (meu tio e padrinho Carmilton): "e chagando mais..."
pô... E CHEGANDO MAIS...
eu mesma consertando e a para e!
pqp! e errando de novo
a cretina mesma da maria
Texto muito bonito, Bernardo! Sua família é mesmo repleta de personagens interessantes.
Dinda Mena! O que dizer dessa figurinha onipresente nas nossas vidas, e mais do que isso, só a sua simples lembrança já nos dá a sensação de calor, de amor. TE AMO!
Sua afilhadinha, Luana
Portenhos, tremei!!!
O tempo começa a esquentar, e Raul da Suzana já me convidou prá passar um fim de semana por aí. Tem um vídeo novo baseado num conto do Pablo que fizemos pro Festival dos 5 Minutos. Vou divulgar mais tarde em novembro. Grande abraço.
Que 1,50m, que nada! Nesta linda, merecida homenagem de Bernardo, Mena é grande, do tamanho do coração do mundo! Puxa, gente, já vou começar a pedir os relatos da viagem a B.Aires. Virei tiete.
PERFEITO!
Mas cá p nós ... Mena é uma PAIXÃO nas nossas vidas!!!!!
Fala p Vera que estamos querendo marcar uma reunião organizadoira desse grande evento!!! (Maria vai me matar!!! Ela ODEIA o termo "evento"!!!!)
Bjos
"E isso tudo com apenas 1,50 m de altura." foi ótimo...
algo contra os baixinhos?rs
É mto bom contar com a presença de pessoas assim... q bom q vc tem dado seu devido valor!
Mena é uma figura mesmo! Morri de rir com ela no parto de Maíra e na visita que ela fez levando bolo de limão pra cantar parabens pra Iara! hehehehehe
Beijos!
PS: Agora sim me sinto à vontade pra chamar de TIO Bernardo! Está documentado lá no Doce Intolerância... Por você e por Veroca! ;)
Ela me conta até hoje que quando eu nasci, meu pai disse que colocaria o nome dela em mim - Carmena Maria - porque queria que eu fosse igualzinha a ela. Ela diz que foi a maior prova de amor que ele deu a ela. Acho que a unica coisa que puxei dela foram os "melões"... que pena! Mas ainda continuo tentando...
PS: Quando eu era pequena, não gostava do meu nome, sempre achei "pesado" para uma criança. Mas hoje, sabendo do motivo e da importância, acho LINDO e tenho orgulho de dizer: "foi uma linda homenagem que meu pai fez para uma grande mulher"!
Quando não tiver com inspiração para escrever, fale de cada um de seus familiares, com certeza sairá um lindo texto, como foi o caso de sua irmã.
Nossa, quero Mena para mim!!!!
Nossa essa Tia Mena é de todos nós, "hermanos" se Carmena Maria Botar a faixa na cabeça, CORRAM!!!! Booaaaaa mijada...
Abraço
Eduardinho
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