sábado, 13 de setembro de 2008

Lília

Hoje não quero conversa.
Fui visitar uma amiga muito, muito querida e a encontrei numa cadeira de rodas.
Derrame.
Paralisada a mão que faz aquarelas maravilhosas, a mesma que segurava a minha, ensinando a mistura das tintas.
A voz não sai, a mesma que me berrava " mais água! mais água" e depois caía na gargalhada.
A amiga que me ensinou que os boçais falam " tupiniquim arcaico", uma lingua que não nos interessa.
Os olhos verdes estão tristes e choram à toa.
Meu coração está partido.
Só volto ao normal depois de Lília.

13 comentários:

Anônimo disse...

Meu beijo, sem palavras. Maria

- Luli Facciolla - disse...

Oxe... Eu ia comentar, mas nem vou...

Só vim mesmo pra dizer que vou apresentar Nuno, meu príncipe, a Iara, minha sereia!

Sem ciúme!

Beijos no coração!

Maria Judith. disse...

Um dia desses eu ouvi uma atleta paraolímpica dizer que certas coisas só aparecem para quem as pode suportar, para os especiais.
Preferia que nào aparecessem para ninguém.

Quanto ao de ontem, toda hora me escapa o "conjunto"quando devia dizer banda, e ouço os mesmos comentários que você.
Em face da incerteza do resultado, não digo mais nada.

katherine funke disse...

muito obrigada pela visita ao meu blog. aqui retribuo com desejos de que sua amiga tenha persistência e recupere seus movimentos e fala. um abraço.

Meninha disse...

Eu sei como se sente, me senti assim quando vi que Nita estava na mesma situação. Hoje (depois de 1 ano)ela já consegue andar com a ajuda de uma muleta e já faz algumas coisas sozinha. O processo é lento, mas ela vai melhorar... Bjs

Maria Paternostro disse...

Beca, conhecí sua amiga! Por sinal qdo descobriu q erámos primos ficou numa felicidade! Isso faz uns 6 anos. Gostei tanto de encontrar vc mesmo que no tumultuado tr^naisto da Raul Leite. Bjs

aeronauta disse...

Noto sempre nos seus textos uma profunda sensibilidade. Sua alma sempre está junto.

Janaina Amado disse...

Também gosto muito dos seus textos, Bernardo. Talvez pelo que aeronauta disse, que sua alma está ali, me comovem. Linkei você no meu blg, cê viu?

Edu O. disse...

um abraço silencioso

Marcus Gusmão disse...

Vivi isso com meu pai, quando o vi chorar pela primeira vez. Muitas vezes.

aeronauta disse...

Sinto falta de novos textos! Vai nos deixar órfãos?
Sua fã número 1.

Anônimo disse...

Cadhê, cadhê... os textos????

Analistas do Discurso disse...

Oh, amigo...sabia que quando voltasse aqui, haveria muitos textos bons para ler. Mas vou ler depois os outros...estive próximo de você, na minha bela Valença.
Abraço.

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas