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RENATA
Bem que meu sobrinho Pablo Sales me advertiu, algum tempo depois de ter ganho o prêmio Braskem de literatura:
- " Meu tio, ano passado quem ganhou foi uma menina, Renata Belmonte; vc precisa ler o que ela escreve. Ainda por cima, é uma gata!"
Fiquei curioso.Pouco tempo depois, quando comecei a ler blogues, soube do dela e fui visitar. Nunca mais saí. Fiquei encantado. Confesso que destilei um certo preconceitozinho:
-" Uma menininha, loirinha, patricinha, escreve como gente grande."
Me despi do preconceito e mergulhei no mundo em que Renta escrevia e deixava seus vestígios. Pedaços de alma, trechos de vida, sabores e dissabores de amores, um carinho pela avó, um chamego com o maridão (conheci no lançamento, tão jovem e encantador quanto ela), uma adulta, uma advogada, escritora; pela felicidade dos pais que conhecemos, uma filha e tanto. Diz amar São Paulo e a Bahia. Louca por roquenrou. Um dia comentou em meu blogue que adorava meu parentesco com Maria Sampaio e de imediato se filiou: passou a ser nossa prima mais nova. Adotou o primo pra lá, prima pra cá. Ai de quem diga que não é nossa prima legítima, de primeiro grau.
Estrela da noite do dia 17, quando nos avistou na fila de dedicatórias ( eu, Vera, Maria, Miro, Martha e Haroldo), deu um salto e demonstrou sem deixar a menor sombra de dúvidas, o quanto ficou feliz em nos ver . Gritava, pulava de um em um, abraçava, rodopiava, uma menina. Uma molequinha ousada que sabe dizer coisas que o velho aqui nem desconfia, a escritora. Depois foi simbora num avião pra Sampa pra fazer as coisas de advogada. Eis a Senhorita Renata B.
foto de vera