segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quero meu silêncio!


Li em algum lugar ( fico puto quando não me lembro, culpa do alemão!) que a grande busca deste século seria pelo silêncio. Tomei um susto mas me convenci de imediato: silêncio e água parecem ser nossa tábua de salvação no mundo que se anuncia. Levei um tempo achando que era besteira ficarem falando que a água do Planeta está indo pelo ralo: água evapora e volta sempre, no entanto a ( péssima ) qualidade das águas me abriu os olhos. Não é exagero o que estão apregoando pelo mundo, pessoas sérias e estudos importantes. Já estou com minhas barbas no molho, de água reutilizada, naturalmente. E quanto ao silêncio, ou à falta de? Parece inatingível obter o silêncio necessário. Escrevi no meu perfil que vim para o interior em busca de silêncio. O problema é que nem aqui consigo mais achar. Parece irremediavelmente perdido. Acho que, proporcionalmente, as cidades do interior estão mais barulhentas que as grandes. Agora mesmo, estou aqui escrevendo por causa de uma merda de um carro de som que teima em me dizer coisas que não quero ouvir. Sem contar com os carros preparados para disputas em praça, lançando arrochas e rebolations pra todos os lados, fazendo meu ouvido de penico.

foto: diariodonordeste

9 comentários:

Edu O. disse...

aqui na Barra ainda tem os crentes vendendo cd gospel domingo 9h da manhã, carrinho de fruta gritando toda a mercadoria, ônibus na porta de casa, buzinas, vizinho berrando com a mãe... Olhe, menino, é um inferno!!!!

Renata (impermeável a) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renata (impermeável a) disse...

falta qualidade ao barulho, não é?

Ricardo Dib disse...

Às vezes penso que o bairro em eu moro, Boca do Rio, é na vedade a 'Boca do Lixo Sonoro'!

aeronauta disse...

Realmente, o interior está mais barulhento que a cidade grande. Não tem quem leia um livro lá no meu interior: é caixa de som em todos os postes.

Moniz Fiappo disse...

Aqui onde moro, um pouco longe do centro, ainda tenho um silencio perfeito de segunda a sexta. Aos sábados e domingos o pessoal exagera nos sertanejos e pagodes:não dá pra ouvir!
Quanto à água, é sério, nossos descendentes vão passar maus bocados se nada for feito.

Gerana Damulakis disse...

Volta, Bernardo, deixa o interior no interior. E esqueça o alemão, assim ele não lembrará de você (é triste demais).

Anônimo disse...

Vai mais pro meio do mato que nem a Luli.

Maria Judith. disse...

Estou pensando em procurar uma caverna para morar, sério...
Aqui tem o tráfego, ambulâncias, no verãoum cacete armado que toca m*** todos os dias de manhã e à tarde e nos finais de semana inteirinhos.
Sem contar as corridas a pé ou em bicicleta, conduzidas por carro de som...
Se não fosse pelas baratas, comprava um pedacinho do cemitério, construía algo confortável e me mudava. Definitivamente ( e viva, claro!)

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas