
Quando eu era criança, imitava alemão repetindo bem rápido a seguinte frase:
HEMORRÓIDAS ARDEM E DOEM.
Tente fazer o mesmo e sinta como parece a lingua de Goethe. É um barato e foi meu primeiro contato com as varizes anais, também conhecidas como cachos de uva no rabo. O segundo foi ouvir que "fulano está com as hemorróidas de fora" quando os mais velhos se referiam a quem estava nos cascos*! Aprendi depois, como médico, o nefasto efeito sobre a psique humana, causado pelas bolotas no fiofó*. Ninguem fica impassível quando lhe arde o furico*. Daí que estaremos sempre atentos aos transtornos coléricos dos que apresentam penduricalhos no franzido roxo*.
Tudo isso apenas para explicar aos nossos leitores, o piti que o dono das mais famosas HEMOLÓIDAS de Sumpaulo, quiçá do Brasil deu, ao tomar conhecimento de que no Nordeste existe uma entidade aporrinhativa* chamada chorink, que se trata de uma torneira aluída*. Ora, o desconhecimento do hemoloidálio senhor sobre as quizilas* nordestinas, poderá levá-lo a me processar se souber que, por nossas bandas, tereza é corda de bandido em fuga, elza é baculejo* e celson nada mais é que o apelido que damos aos botões que saltam dos fundilhos dos incautos. Portanto, nem pode existir uma terceira entidade chamada celson chorink, afinal "torneira aluída com hemorróidas" nos parece absurdo.
Temo que estamos, na verdade, frente a um sofredor com sério problema de identidade quando se confronta com a letra "Nê"*.
Em tempo: remédio caseiro ( e infalível ) para tratamento de hemorróidas: levar sempre consigo, uma semente chamada "cabeça de frade". Quando surge o ataque, rala-se a semente no chão e, quando estiver bem quente, encosta-se na tripa. Sobe um cheiro de meninico* mas é trancham*.
* para melhor entendimento, recomendamos o Dicionário de Baianês de Nivaldo Lariu.
gravura de um japonês sendo examinado por um médico, in fotolog