
Sabendo de minha paixão por Maria Bethânia, Maria fez por esta paixão, coisas que não tinha coragem de fazer por ela mesma, como a tietagem, por exemplo; sempre foi pública a paixão dela por Caetano Veloso e no entanto ela ficava gelada quando ele se aproximava e avermelhava quando ele se derretia por ela, ficava gaga.
Apois, um certo dia me telefonou:
-"Primo, você tem roupa amarela?"
-"Não mas posso arranjar!"
-"Então se vire; eu passo aí em sua casa pra te pegar, você vai comigo ao aniversário de Bethânia em Santo Amaro e todo mundo tem de ir de amarelo".
Fui, gelei e avermelhei. E ela, Maria, ficou mais feliz do que eu, por estar me dando esta colher. E lá na casa de Dona Canô, toda vez que Caetano se aproximava da gente, ela fazia uma cara de cachorro quando cai de mudança, gemia um "Afff..." e tratava de sumir. Fosse com quem fosse, e olhe que Maria conhecia meio mundo de gente, ela ficava à vontade mas na presença de Caetano, só perdia pra mim, na presença da estrela.
foto de bethânia, por maria sampaio, em 2009.
5 comentários:
eu tb me gelo todo com Bethânia.
Adorei saber que Caetano abalava assim as estruturas de Maria. Contou tão bem que até imaginei a cena e o "Afff!".
Ah que história deliciosa, Bernardo. Sabia do Aff dela com Caetano, não sabia do seu com Bethania. É de família: dos Guimarães e dos Velloso.
Beijo.
História deliciosa, como todas as histórias de vocês dois. Um privilégio ter conhecido Maria, e ter conhecido você tb. Um abraço, meu velho!
Que bom, Bernardo, ouvir essas histórias de Maria. Saudades.
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