Conversa de mesa de bar, tema do momento: iniciação sexual. Al Capone sai na frente: "menino do interior, comecei com os quadrúpedes, só muito depois passei aos bípedes. Vaca, jega, ovelha, esta a preferida, a xota é fôrma pra bimbinha de moleque. O problema era Frederico Barba Roxa, o macho alfa do rebanho. Animal mais ciumento, o carneiro; tomei muita cabeçada na bunda enquanto comia uma do harém". Todos na mesa confessaram suas passagens pelas pastagens, todos com muita pena dos meninos de pleigraundes das cidades. Punheteiros, coitados. Na fase bípede, tinha as alegrias da garotada. Maria Eu Dou era a Geni da minha cidade e dava porque gostava. Não cobrava, não era puta. Deitava no capim, ai meu gostoso, gritava feito uma torturada. Dizia a cada um que ele era o melhor de todos. Grande Maria, não tem nem idéia da contribuição para a autoestima dos futuros garanhões. Coitada, enloqueceu. Perdeu o juízo e nem foi de tando dar sem a mão na cabeça. Hoje anda pelas ruas da cidade, falando coisa com coisa. Dia desses, todos tomando umas brahmas, chega Maria, passa a mão na cabeça de Bola Sete e com um sorriso banguela, entrega: "esse menino era tão magrinho..." Pra fugir da gozação, Bola jurou de pé junto que era mentira, nunca comi Maria. Maria tá louca mas lembrou perfeitamente que ele era magrinho. Al Capone nem se deu ao trabalho de desmentir.
foto: www.bergproperties.com
15 comentários:
Dá-lhe Al Capone! Está na TELLA, palavra de hoje aí embaixo.
;)
Na boa, fico feliz por ter sido um menino de pleigraunde. Comecei e pretendo terminar com bípedes.
ô meu Deus, como ri!
Beijos
que pena que não passei pela fase dos quadrúpedes!!! Adorei Maria Eu Dou.
a palavra aí embaixo tem a ver com o post LYCOME hahahahahaha me acabei de rir
Material para um conto. Grande personagem a criatura.
Concordo - grande personagem. Grande texto - tem uns toques de fellini, acho! E as letras aí embaixo incefu!
entrei hj só pra mostrar a palavra de hoje:
hebee
lá no continhos me lasquei de rir com seu comentário e estuporei com a palavra do dia. A minha aqui abaixo, uma bobagem: nesses
Rapaz, li seu post algumas vezes e me contive até hoje em confessar uma passagem humilhante da minha vida de cidade pequena x roça. Hoje conto. Meu negócio era na mão, inspirado nas chacretes ou imagens dos buracos de fechadura das amigas das irmãs e vizinhas tomando banhoo no quintal. Nas férias de um primo em Minas,tinha uns 9 anos, não me animei com as ovelhas do harém dele e sobrou pra mim um dia o ridículo papel de segurar uma mais afoita pela cabeça enquanto meu primo mandava ver na mocinha rebelde. Já imaginou a cena?
A palavra é altyarem, que traduzo como uma homenagem a todo o seu harém de infância.
Gente, mas que texto instrutivo! Aprendi um bocado de coisas sobre meninos. :-)
Sempre digo que os meninos do interior tem uma certa liberdade engraçada....
Menino, que boca porca é essa? (rs)
Menino, cadê você?
Bernardo, tô com saudaaaaade, cadê você?
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