
Conversa de mesa de bar, tema do momento: iniciação sexual. Al Capone sai na frente: "menino do interior, comecei com os quadrúpedes, só muito depois passei aos bípedes. Vaca, jega, ovelha, esta a preferida, a xota é fôrma pra bimbinha de moleque. O problema era Frederico Barba Roxa, o macho alfa do rebanho. Animal mais ciumento, o carneiro; tomei muita cabeçada na bunda enquanto comia uma do harém". Todos na mesa confessaram suas passagens pelas pastagens, todos com muita pena dos meninos de pleigraundes das cidades. Punheteiros, coitados. Na fase bípede, tinha as alegrias da garotada. Maria Eu Dou era a Geni da minha cidade e dava porque gostava. Não cobrava, não era puta. Deitava no capim, ai meu gostoso, gritava feito uma torturada. Dizia a cada um que ele era o melhor de todos. Grande Maria, não tem nem idéia da contribuição para a autoestima dos futuros garanhões. Coitada, enloqueceu. Perdeu o juízo e nem foi de tando dar sem a mão na cabeça. Hoje anda pelas ruas da cidade, falando coisa com coisa. Dia desses, todos tomando umas brahmas, chega Maria, passa a mão na cabeça de Bola Sete e com um sorriso banguela, entrega: "esse menino era tão magrinho..." Pra fugir da gozação, Bola jurou de pé junto que era mentira, nunca comi Maria. Maria tá louca mas lembrou perfeitamente que ele era magrinho. Al Capone nem se deu ao trabalho de desmentir.
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