quinta-feira, 10 de julho de 2008

Saudade



Hoje de manhãzinha mexendo em meus guardados, encontrei esta fotografia. Normalmente não mexo muito no passado mas não foi à toa que esta foto tenha ecapulido do album e caído em minha frente. Logo hoje que estou lendo um livro ambientado ( o trecho em que estou) nos anos 50. Foi feita no cabula, na casa de meu padrinho Numa Pompílio, em 1953. Nela estão: sentada no Dodge, minha mãe, tão bonita quanto posso me lembrar; tem um sorriso contido, como foi sua vida. Linda e contida. À sua direita, minha irmã Ana Maria olha, melhor, enfrenta o fotógrafo. Já dá pista de quem seria. No colo, com roupinha e sapatinho suspeitos, eu. Sem comentários. E em pé, meu irmão Eduardo. Será que, se tivesse visto esta foto alguem ainda teria tido a covardia de matá-lo? Dor infinita, saudade ainda maior de minha mãe e meu irmão.

4 comentários:

Nelly disse...

Oi amigo querido !!!!

Até que enfim consegui achar uma estradinha de terra pra poder deixar meu recado procê, viu?
Seguinte, pra começar achei um show esse seu blog, sabe pq? Vou te contar.....primeiro que me traz grandes recordações da minha infância aqui em Fortaleza-Ce. Fotos antigas, especialmente essa com sua mãe...tá maravilhosa. E que SAUDADES de minha mãezinha... parece até com as minhas...rsrsrsr, acho que na verdade, são todas iguais...só muda mesmo o endereço, enfim....só queria dizer q tá tudo lindo !!!!!
Deixo aqui parte de um poema que gosto muito é de Álvaro Pacheco, poeta piauiense de mil novecentos e me esqueci, mas vamos deixar de conversa e escrever o poema.

*SENTIMENTO DE URGÊNCIA*

....Tenho medo que a vida não me encontre e me agito de pensar em espera-la.

Ando e corro, vejo e vago e o sentimento de urgência predomina.

Tenho pressa de amar.Tantas horas,tantos mundos, tantos homens, esperando.

Eu não posso esperar.

Necessito de rever, de ver, de ir.
Necessito de correr. Sei lá, a morte é tão depressa(e a vida não me espera).

Eu não posso esperar.

A guerra espera? O amor espera? A sorte espera? O sono espera?

Me maturo, me macero, me apresso fico velho, me corrompo, mas não posso...ah! não posso, nem de longe esperar.

Beijos...........Nelly

Meninha disse...

Saudade...que palavra é esta que deixa nosso coração apertadinho, miudo? Ê saudade que não me larga.

Mãe de Iara disse...

Puxa pai, tô ficando viciada no seu blog, odeio quando vc demora de escrever !!Aqui nesta terra sem revistas, cinemas ou diversão !! Não sei do que gosto mais, dos seus textos ou dos comentários de Ju e de Tia Maria Sampaio !!
Linda foto !! Deixa eu ir, Iara tá chorando lá em baixo..

bjs

Anônimo disse...

Ou meu primo... dizer nada. Abraçar e chorar. Beijos de sua prima

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas