segunda-feira, 11 de abril de 2011

O sem nome


Não seria controle, isso nunca, mas deveria haver uma espécie de acordo para que a imprensa noticiasse o que bem entendesse sem colaborar com o crime. Nem sei se o termo "colaborar" estaria aqui bem colocado e o retiro antes mesmo da própria, a imprensa, cair na minha cabeça. Estou me referindo à divulgação dos nomes e fotos dos asassinos em série. Deixa eu me explicar: o crime da escola no Realengo, no Rio, é um exemplo do que quero dizer. Os assassinos que agem daquela forma, em sua grande maioria tem um modo de operar e um perfil muito parecidos. Tem uma vida cheia de traumas, escolhem vítimas indefesas, se vestem para matar, matam, se suicidam e desejam, acima de tudo, ser lembrados após suas mortes, como uma forma de compensar suas vidas miseráveis. Buscam notoriedade, fama mesmo, e serem recordados sempre que se fizer qualquer referencia a crimes semelhantes. Vejam o exemplo do sulcoreano empunhando armas e com cara de mau, lá nos isteites. Em Columbine foram dois os loucos. E eles continuam matando pra ter seus nomes e fotos sempre divulgados. Teve um maluco (?) que matou John Lennon e eu me recuso a pronunciar seu nome, a lhe dar cartaz. Se assim se fizesse com todos, certamente o próprio Lennon estaria até hoje nos instigando a imaginar um mundo melhor e os meninos de Realengo estariam, a esta hora, na aula de Matemática.


ilustração: pataquepareo.blogspot.com

xeudizer:

anotações livres, leves, soltas